24.4.07

Pirataria no terceiro mundo

A edição da Escapist Magazine da semana passada inclui um artigo muito interessante detalhando a vida de pirataria de um Argentino, e, nacionalismos bobos à parte, creio que o sujeito realmente descreve com muita fidelidade o que todos nós Brasileiros passamos na nossa adolescência de jogatina no PC. Por exemplo, esta passagem do artigo me lembra meus saudosos tempos de guri.

By this time, the routine was I'd take the bus with a couple of friends on Saturday afternoons, travel around an hour to get to a pirate joint we found in a newspaper ad, armed with five or 10 disks each (we would pool disks to buy Wing Commander II, for example), pick a game and wait while the Pirate Lord copied the game.


Para o pessoal da minha geração, e gerações adjacentes, em Porto Alegre, acho que há poucas pessoas que não conheceram o Centro das Agulhas. O nome não parece ter nada que ver com jogos de computadores, mas era a fachada para uma operação de pirataria de jogos. Afinal de contas, eles vendiam agulhas para tocadores de disco de vinil em plena época do CD em 1995.

O ritual todo tinha uma certa mística, pois nem sempre os disquetes funcionavam ao chegar em casa. Darklands, por exemplo, demorou várias semanas e várias viagens para o pirata, e no final não funcionou (mas eu fui salvo pela comunidade de amigos piratas na cidade). Copiar os disquetes para os amigos não era tão excitante, visto que era um processo chato e demorado, mas era isto o cerne de muitas amizades que fiz naquela época. Enfim, depois deste devaneio quase senil, deixo o leitor para se lembrar da sua vida de pirata. Afinal, todos nós um dia fizemos isto, e quem nunca pirateou que atire o primeiro disco, que eu tiro a primeira cópia!

3 comentários:

Bueno disse...

Eu gostava de jogos mais toscos, que cabiam geralmente em um disquete apenas.

As lembranças mais antigas que eu tenho de pirataria em disquete, se resumem ao Elifoot 2, Stunts, Strip Poker e as fotos dos Mamonas Assasinas em pedacinhos após a queda do avião.

Anônimo disse...

Bueno, entra em contato comigo via mumiar0x[@]hotmail[.]com !
Abraços!

Ron Jeremy disse...

mas qual era o problema de ser um pirata? era liberado no Brasil...