29.9.06

Game Companies - parte 1

Final da década de 70, o mundo ainda se acostuma com essa nova forma de entretenimento chamada Vídeo-game. O Atari 2600 reina soberano, entre os aparelhos que levaram a diversão dos fliperamas para as TVs das casas. As coisas funcionavam mais ou menos assim: além de dona da marca, a empresa era a responsável por todo o desenvolvimento dos jogos da plataforma.

É nesse cenário que, em 1979, surge uma empresa chamada Activision, com o objetivo de dar o real crédito aos criadores de jogos(coisa que a Atari não fazia). Esse nobre motivo, foi suficiente para atrair os melhores programadores da época e o que viria a seguir, seria uma sucessão de sucessos estrondosos para a consolidação dos vídeo-games.

Já em 1980, Boxing(1) foi lançado, introduzindo o conceito de “longevidade baseada na repetição” (o termo é meu), e acabou sendo um dos mais memoráveis jogos de esporte já criados. Fishing Derby(2), do mesmo ano, também foi um bastante presente nas coleções de muitos usuários do Atari.

Mantendo o nível, em 1981 se destacaram os jogos FreeWay(3) e Tennis(4). Mas em 1982 foi que a cavalice começou. Pitfall!(5) fez muitas crianças abandonar suas bicicletas e outras atividades sadias. Não bastasse isso, nesse mesmo ano a companhia lançou o que pra mim é um dos dois melhores jogos do Atari, River Raid(6).

Sim, estava tudo dominado. Se antes a Activision devia sua criação à existência do Atari, agora o sucesso do Atari era dependente da Activision. Se alguém achava que nessa relação pudesse residir algum tipo de relaxamento, estava redondamente enganado. Seguiram com os lançamentos de Enduro(7), o clássico de corrida, Keystone Kapers(8)( meu “outro” melhor jogo) e o maior destruidor de joysticks da história dos vídeo- games: Decathlon.

H.E.R.O(9) viria ser o último grande sucesso da companhia durante a era-Atari. Seguindo junto com a evolução dos vídeo-games, ainda que não mais soberana, a Activision continuou brilhando com a sua segunda fase áurea tendo acontecido na era-windows95. Mas isso já é assunto para a segunda parte da história...



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http://www.activision.com/en_US/landing/landing.html

27.9.06

Como uma deusa-aaah


Título: Ōkami
Gênero: aventura/ação
Produtora: Clover Studios
Plataforma: PS2

Enfim, joguei a versão ocidental do faladíssimo jogo de PS2 Ōkami. Criado pela Clover Studios, a mesma produtora dos elogiados Viewtiful joe 1 e 2, e do (decepcionantemente estúpido mas com belos gráficos) God Hand. Porque é tão falado? Bem, pra começar o jogo utiliza de uma técnica que extrapola os limites do cell shading e transforma o jogo em uma verdadeira pintura em movimento. A pintura, no caso, pintura clássica japonesa, dá o tom do jogo, que tem uma história baseada em lendas e mitos nipônicos.

Você joga no papel de Amaterasu, a deusa do sol japonesa que reencarna em um ōkami (espécie extinta de lobo japonês) para combater um dragão de oito cabeças chamado Orochi, que retorna para se vingar depois de 100 anos adormecido (ou semi morto, ou o que seja). Basicamente ela viaja pelo Japão desfazendo maldições e reestabelescendo a natureza do lugar. A coisa é um bocado hippie/new age, mas fica mais interessante e divertida pelo aspecto cômico da história e dos personagens, que está sempre presente.

Com tudo isso de pano pra manga, Ōkami é um jogo longo, e a princípio lento. Nas primeiras horas do jogo você passa um bom tempo vendo os personagens "conversando" (o jogo é falado numa linguagem blábláblá que lembra a dos professores do desenho do snoopy) e explicando a história e como se joga. Logo de saída, você ganha a companhia do pequeno Issun, uma mistura de pulga com guia turístico que vai te acompanhar pelo jogo, fazendo comentários engraçados e explicando como são usados os novos poderes de Amaretsu, enquanto ela vai ganhando novos.

Além da história e dos belos gráficos (você realmente tem a impressão de estar brincando com uma obra de arte), Ōkami tem como ponto forte a jogabilidade. Como num jogo de aventura/ação/rpg, você viaja pelos cenários resolvendo side quests, derrotando monstros, chefões e interagindo com outros personagens. A diferença fica na maneira como Amaretsu interage com o mundo através de seus poderes. Apertando no R1, você afasta a imagem, transformando a tela do jogo em uma tela de pintura, na qual você controla um enorme pincel. Com ele, você pode realizar diversas técnicas de pintura, que podem construir, destruir ou movimentar coisas ou personagens. Ao longo da história você vai abrindo novas técnicas, que permitem que você interaja com o ambiente de maneiras diferentes. Algumas dessas técnicas também são úteis nos combates, nos quais você pode equipar duas armas diferentes (armas mágicas, que você vai adquirindo durante o jogo). Cada tipo de inimigo tem uma maneira diferente de ser derrotado, e alguns requerem que você use tanto o pincel quanto a arma.

Os combates mais divertidos são com os chefões, nos quais você tem que usar bastante a cabeça, e achar maneiras de derrotá-los usando tanto armas, pincel e o ambiente na sua volta. Nada é muito óbvio, mas é fácil descobrir depois de um tempo. Caso você demore muito Issun vai acabar dizendo alguma coisa.

Enfim, Ōkami é um jogo obrigatório para quem tem um PS2 e gosta de inovações. E é, sem dúvida, o jogo mais original e bonito da plataforma desde Shadow of the Colossus.



http://ww2.capcom.com/okami/

Justificando o Youtube com 5 Vídeos de Katamaris

Human Katamari: Propaganda de uma empresa de seguros, filmada nas ladeiras de São Francisco.

Humanity Katamari:Campanha publicitária feita por uma ONG sobre o avanço da AIDS na África. O que era uma influência implícita, se tornou explícita depois que um espertinho colocou a trilha do game no fundo e postou no youtube.

Costume Katamari: Não tem muita graça, mas eu queria uma fantasia dessas. Não sei se teria coragem de usar, mas ainda sim, queria.

Katamari Stop Motion ou, como seria um Katamari passado na Tv Cultura(TVE).

Katamari Damacy: The Movie. Sem explicação, espetacular. Nicolas Cage, Iron Maiden em uma superprodução hollywoodiana. Este vídeo justifica o post inteiro.

24.9.06

Quem quer ser um Cheerleader masculino?

Se você levantou a mão, esse é seu dia de sorte. Ossu! Tatakae! Ouedan! (tradução: Hey! Lute! Esquadrão da Animação!) é um jogo de dança para o Nintendo DS onde o jogador controla um trio de dançarinos profissionais cujo objetivo é animar pessoas a beira de um ataque de nervos. Sim, é claro que este jogo só podia vir do Japão!

Desenvolvido pela iNiS, foi lançado apenas na terra do sol nascente mas já se tornou o jogo mais importado para os Estados Unidos, e com todo o mérito: é bizarro, culturalmente interessante e muito divertido.

Imagine, o trio de dançarinos é tão mal encarado que poderiam ser coadjuvantes de um filme (quer dizer, anime) de ação. As estórias chegam ao absurdo, e retratam indivíduos em situações "desesperadoras", precisando de animação urgentemente. Exemplos: um guri que precisa estudar para passar no colégio mas não tem apoio da família, uma Cleópatra gorda que precisa de ajuda para construir uma pirâmide, ou a minha favorita, um cavalo de corrida que precisa parar um assaltante de bancos. E, como não podia faltar, um mecanismo de dança muito viciante e desafiador, que se resume em clicar e arrastar círculos com a caneta do DS no ritmo de uma trilha J-Pop, daquelas que gruda na primeira "ouvida".


Para quem tem um DS e alguma maneira de conseguir o jogo, vale a pena! Apesar de ser todo em japonês, é muito fácil acompanhar as estórias, pois elas aparecem como quadrinhos, e basta ouvir o grito "Oooueeeeendaaaan!" para saber que é a hora de entrar em ação.

Ah, já ia esquecendo de mencionar, os tais Ouedans existem de verdade. Duvida? Olhe aqui! Como eu disse, só no Japão...

22.9.06

Eu Jogava com Ela Encostada na TV

Eu sei, nada superou a pistola do Phanton System no quesito interatividade em consoles. E isso que já fazem duas décadas que ela surgiu.

Sem 90% da graça(o mouse tira toda a emoção), é possível jogar durante uns 2 minutos a versão inversa do clássico imortalizado pelo acessório do Phantom.

Kill the Dog.

21.9.06

Bonsai

Nessas épocas de PSP, GP2x, Nintendo DS e o escambau, um cabeção chamado Brian Gardiner deciciu fazer a sua versão de video-game portátil. Cortou um pedaço aqui, soldou uns circuitos ali e criou um Super NES de mão. Logo depois fez o mesmo com um Playstation e agora conseguiu a façanha de finalizar um Playstation 2 portátil!

No site, é possível conferir fotografias de todo o processo que, segundo ele, custou cerca de $550,00 doletas para o modelo do PS2.

Achei também um tal de Ben Heckendorn que fez o mesmo com um Nintendo 64. O tamanho final e o pouco apelo que este console teve comigo, não permitiram com que eu me empolgasse muito, mas ainda assim é um bom trabalho também.








Me imaginei agora jogando "Campeonato Brasileño novienta e siete" num Portable Snes.

Sonhar não custa.

19.9.06

Blobamari Blobacy


Alguém aqui fala holandês? Bem, eu não, por isso é difícil reunir maiores informações sobre The Blob, um jogo para pc produzido pela tal de Banana Games. Pelo que eu consegui entender depois de traduzir a página deles pelo altavista babelfish, o jogo foi encomendado por um município, e tem a função de... de... sei lá, afinal de contas isso não importa. E, na verdade, o melhor é deixar a coisa mais misteriosa.

Enfim, em The Blob o jogador controla uma espécie de monstrinho feito de gelatina, que cai em uma cidade povoada por monstrinhos menores feitos de gelatinas de várias cores (imagino que de diversos sabores, é claro). Como um Katamari, ele é capaz de absorver os desesperados habitantes da cidade passando por cima deles. Cada vez que você faz isso, você fica da cor do pobre homenzinho, e pode ir pintando prédios e carros ao encostar neles, ganhando pontos. Você pode também misturar cores para conseguir novas colorações atingir alvos específicos espalhados pela cidade.

Pronto. É isso. Simples demais? Sim, e como é divertido. O controle do jogo é feito todo pelo mouse (mas fica bem mais fácil se você tiver uma trackball). Você movimenta o blob movimentando o mouse, pula com o botão esquerdo e vê o mapa/sai do jogo com o botão direito.

Com gráficos super limpos e leves, e uma trilha sonora bem feita, o joguinho só não é melhor por se tratar de um projeto aparentemente inacabado. Só existe uma fase, super longa, e você não é capaz de salvar. Não há opção de mudar os controles, e para quem não tem trackball, controlar o blob as vezes fica um pouco ruim. Mesmo assim, vale a pena pela experiência, fora o fato de ser mais uma prova de que o que realmente importa para fazer um bom jogo não é um projeto milionário, um arsenal gigante ou uma interface que você precisa de dias e dias para entender bem, mas sim uma boa e original idéia.

Baixe o jogo aqui (100mb, freeware)

http://binnenstad.hku.nl/ (site oficial, para você leitor que sabe holandês!)

Falando em Bandidagem

GTA não é a única alternativa para aqueles que desejam pratica atividades ilegais em jogos eletrônicos:

Crime Fighter é um jogo em que você é um ladrão em busca de fama no mundo do crime. Assim como Pirates!, em CF, a fama é necessária para que você possa recrutar bandidos para a sua gangue. Para isso, você precisa desafiar a lei das melhores maneiras possíveis, seja invadindo as mansões de ricaços, assaltando trens e lojas, etc...

Depois de ler esse parágrafo, provavelmente um cenário se desenhou na sua cabeça. Alguma mistura de Godfather, com gráficos de Battlefield 2, e exploração de mundo a la GTA, certo?
Pois esqueça tudo isso.

Crime Fighter é um jogo feito em PASCAL, com gráficos que relembram algo criado no final dos anos 80. Se você conseguir se livrar dos preconceitos, poderá experimentar um dos melhores jogos do gênero.

Depois tente lembrar da última vez em que um jogo que cabe em um diskette te trouxe tanta diversão.



15.9.06

Maestria 8-Bits

O desenvolvimento de jogos caseiros está chegando a um patamar inimaginável até alguns anos atrás. Alguns fatores são determinantes para esse crescimento, como os citados abaixo:

- A nostalgia mantida por video-games antigos;
- O crescente número de "kits de desenvolvimento" de plataformas já existentes criados por hackers;
- O desafio de desenvolver um jogo com as próprias mãos, somados às limitações dos sistemas (ou vocês acham que é fácil desenvolver uma aplicação para Atari 5200?);

Bom, com esse cenário todo montado, não é de se surpreender que algo como isso apareça:

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Promissor, eu diria, hun?

Ainda não está pronto, mas é o tipo de jogo que faz valer a pena ter aquele emulador de NES guardado no meio de gigabytes de jogos modernos no HD!

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Super (hacked) Mario Worlds

Nem só de irmãos bastardos vive o mundo de Mario. Graças à programadores com pouca vida social e bom coração, é possível encontrar diversas experimentações em torno dos jogos do intaliano bigodudo.

Esses jogos, são em sua maioria versões mais simples ou refeitas dos originais, valendo mais no quesito saudosismo do que como novidade, mas ainda assim são um prato cheio para aqueles que, como eu, adoram as aventuras do encanador.

Super Mario War é um jogo multiplayer para PC criado do zero com diversas modalidades de jogo, como deathmatch, GetTheChicken, Domination... O modo online multiplayer ainda não foi desenvolvido, mas com o código aberto e uma comunidade de encarnadinhos por programação disponíveis, é de se apostar que logo teremos esta opção desenvolvida, o que tornará o SMW uma grande fonte de divertimento online.

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8-bit Super Mario World nada mais é do que o clássico do Super NES(que tinha 16 bits), refeito de maneira a caber em um cartucho de 8 bits(relativo ao NES). A rom parece estar disponível, em algum lugar obscuro da internet. Comparações com as duas versões podem ser feitas nesses dois vídeos abaixo:


Versão original


Versão transformada em 8-bits

Super Mario Brother 3D, pode ser chamado de "versão remasterizado" de um clássico. Assim com as versões coloridas digitalmente de filmes de cinema, esta versão apresenta o primeiro grande sucesso da franquia com uma roupagem retocada, adicionando elementos 3D às imagens de fundo. O resultado é no mínimo, curioso.

mario3d.jpg

Epiléticos, beware

Quer experimentar a viagem visual de um LSD, mas sem correr o risco de entrar numa bad trip e nunca mais voltar?

Por que não tenta Plasma Pong?

E como as cartelinhas, o modo sandbox do jogo é extremamente viciante. Na verdade, o que vale no jogo mesmo é este modo. Que o descaracteriza com jogo no final, enfim...

Largue um Grateful Dead no som e deixa a viagem rolar, "bixo".



Tijolinho Que Faltava...


Desde a época do Atari, jogos do estilo Breakout sempre estiveram presentes em praticamente todos os consoles com suas diversas variantes criadas em torno da idéia original. Eu por exemplo, fui apresentado à esse estilo com o jogo Arkanoid, do NES. O fato é que depois dessas 3 décadas, um conceito de jogo deveras limitado, dificilmente surpreenderia um calejado gamemaníaco.

Pois não é que uma desconhecida companhia chamada Nurion Games me aparece com um clone de Breakout revolucionário?!?!

BreakQuest é uma coleção de acertos. Trilha sonora, visual e jogabilidades acima da média. E uma coleção de 100 níveis absurdamente divertidos que proporcionam horas de desafio.

BreakQuest é mais do mesmo, porém recomendadíssimo.