27.9.06

Como uma deusa-aaah


Título: Ōkami
Gênero: aventura/ação
Produtora: Clover Studios
Plataforma: PS2

Enfim, joguei a versão ocidental do faladíssimo jogo de PS2 Ōkami. Criado pela Clover Studios, a mesma produtora dos elogiados Viewtiful joe 1 e 2, e do (decepcionantemente estúpido mas com belos gráficos) God Hand. Porque é tão falado? Bem, pra começar o jogo utiliza de uma técnica que extrapola os limites do cell shading e transforma o jogo em uma verdadeira pintura em movimento. A pintura, no caso, pintura clássica japonesa, dá o tom do jogo, que tem uma história baseada em lendas e mitos nipônicos.

Você joga no papel de Amaterasu, a deusa do sol japonesa que reencarna em um ōkami (espécie extinta de lobo japonês) para combater um dragão de oito cabeças chamado Orochi, que retorna para se vingar depois de 100 anos adormecido (ou semi morto, ou o que seja). Basicamente ela viaja pelo Japão desfazendo maldições e reestabelescendo a natureza do lugar. A coisa é um bocado hippie/new age, mas fica mais interessante e divertida pelo aspecto cômico da história e dos personagens, que está sempre presente.

Com tudo isso de pano pra manga, Ōkami é um jogo longo, e a princípio lento. Nas primeiras horas do jogo você passa um bom tempo vendo os personagens "conversando" (o jogo é falado numa linguagem blábláblá que lembra a dos professores do desenho do snoopy) e explicando a história e como se joga. Logo de saída, você ganha a companhia do pequeno Issun, uma mistura de pulga com guia turístico que vai te acompanhar pelo jogo, fazendo comentários engraçados e explicando como são usados os novos poderes de Amaretsu, enquanto ela vai ganhando novos.

Além da história e dos belos gráficos (você realmente tem a impressão de estar brincando com uma obra de arte), Ōkami tem como ponto forte a jogabilidade. Como num jogo de aventura/ação/rpg, você viaja pelos cenários resolvendo side quests, derrotando monstros, chefões e interagindo com outros personagens. A diferença fica na maneira como Amaretsu interage com o mundo através de seus poderes. Apertando no R1, você afasta a imagem, transformando a tela do jogo em uma tela de pintura, na qual você controla um enorme pincel. Com ele, você pode realizar diversas técnicas de pintura, que podem construir, destruir ou movimentar coisas ou personagens. Ao longo da história você vai abrindo novas técnicas, que permitem que você interaja com o ambiente de maneiras diferentes. Algumas dessas técnicas também são úteis nos combates, nos quais você pode equipar duas armas diferentes (armas mágicas, que você vai adquirindo durante o jogo). Cada tipo de inimigo tem uma maneira diferente de ser derrotado, e alguns requerem que você use tanto o pincel quanto a arma.

Os combates mais divertidos são com os chefões, nos quais você tem que usar bastante a cabeça, e achar maneiras de derrotá-los usando tanto armas, pincel e o ambiente na sua volta. Nada é muito óbvio, mas é fácil descobrir depois de um tempo. Caso você demore muito Issun vai acabar dizendo alguma coisa.

Enfim, Ōkami é um jogo obrigatório para quem tem um PS2 e gosta de inovações. E é, sem dúvida, o jogo mais original e bonito da plataforma desde Shadow of the Colossus.



http://ww2.capcom.com/okami/

3 comentários:

Angelão disse...

belo texto. parabéns

Bueno disse...

Acho q o teu post mais esse:
http://www.joystiq.com/2006/09/27/metareview-okami-ps2/

são o suficiente pra querer muito jogar esse jogo. Já tinha gostado dele em japonês. Imagina entendendo ele!!!

rvcezar disse...

(hehehehehe)

EU QUERO O OKAMI!!!!!!!

HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

EU TO SEM DVD!!!!!!!

HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA