3.10.06

Final Fantasy XII


Quase um mês antes de seu lançamento no mercado norte-americano, o RPG Final Fantasy XII "vazou" na internet de uma versão feita para a imprensa (igual, pelo que dizem, a versão das lojas). Não que seja lá uma novidade, pois já havia saido no Japão em março, só que jogar RPG em japonês é demais até para a cabeça mais nerd.

O "currículo" de FFXII é impressionante. A produção durou quatro anos (de 2001 à 2006) e teve um orçamento de 35 milhões de dólares. Aí já se percebe que esse é realmente o Final Fantasy definitivo da PS2 (afinal de contas, sua produção começou quando o console tinha apenas um ano de idade). Inicialmente a direção e produção seria feita por Yasumi Matsuno, o mesmo criador de jogos como Final Fantasy Tactics e Vagrant Story. No meio do caminho Matsuno teve que deixar o projeto por motivos de saúde, mas a sua marca ficou claramente registrada no sistema de batalha e no visual do jogo.

Aliás, FFXII é muito mais parecido com Vagrant Story (tanto no sistema de batalha quanto nos gráficos e design dos personagens) do que com outros títulos da sua própria série. É exatamente isso que fez com que eu me apaixonasse pelo jogo logo no começo.

Tudo é de encher os olhos em FFXII. Como sempre, sequências pré-rederizadas ilustram a história e demonstram a qualidade esperada da Square-Enix. Os cenários são grandiosos e adotam uma arquitetura ao mesmo tempo bela, clássica e alienígena. Os personagens tem expressões bastante realistas, e detalhes impecáveis de visual e movimento. A música, como sempre nos jogos da série, é muito bem composta e inspiradora. A tradução para a versão americana ficou muito boa, contando com a melhor dublagem que já vi para a playstation2 (os personagens tem sotaques, é realmente muito bem atuado).

A história ocorre em um mundo chamado Ivalice (o mesmo mundo de Final Fantasy Tactics, Final Fantasy Tactics Advance e Vagrant Story). Lá os reinos de Arcadia e Rozarria travam uma violenta guerra, que acaba envolvendo o pequeno reino de Dalmasca, cuja capital Rabanastre é tomada e passa a ser controlada pelo Império de Arcadia. Alguns anos depois, Vaan, um jovem órfão acaba entrando em contato com a resistência armada contra o domínio imperial. Como se pode perceber, a trama é uma complexa mistura de aventura e intriga política, que realmente prende a atenção do jogador.

O sistema de combate é completamente diferente do sistema por turnos da série Final Fantasy, e adota muitas das técnicas de Vagrant Story. A diferença é que você controla um grupo de vários personagens, e atribui ações pré-estabelescidas a cada um deles com um sistema chamado Gambit System. Com esse sistema, você decide ações primárias, secundárias (e mais, no decorrer do jogo) que incluem defesa e ataque, tanto por itens, magias ou técnicas que os personagens aprendem tirando licenças. Aliás, tudo no jogo é adquirido por meio de licensas que são pagas com pontos que você ganha a cada inimigo derrotado. Somente quando você adquire a licença certa, que pode ir comprar e equipar o item/arma/magia/técnica desejado. É relmente complexo, mas não é complicado e em uma hora de jogo você vai saber exatamente como se faz.

Essas mudanças do sistema vão acabar dividindo os fãs da série. Os que não abrem mão do sistema de turnos vão realmente odiar, mas quem prefere um jogo mais fluído, mas rápido e intenso vai sem dúvida aprovar.

Em suma, Final Fantasy XII é a despedida em grande estilo da série na PS2 (o próximo sai para o PS3). Leva o console ao máximo de sua capacidade gráfica, e une a isso uma jogabilidade que só mesmo a Square-Enix seria capaz de desenvolver.

http://www.finalfantasyxii.com/
http://www.ff12.com/

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